Desabafo
Achei que a postagem de hoje seria alguma coisa nova, mas assim que abri o blog vi que a última postagem falava exatamente sobre o que eu estou sentindo no momento, sobre o que eu estou prestes a escrever novamente com outras palavras. Isso é uma coisa que acontece bastante comigo, sabe? Eu tenho anotações em vários cadernos. Coisas que eu escrevia enquanto estava na faculdade esperando que as aulas começassem, textos salvos no computador. Quando olho para eles vejo que são praticamente a mesma coisa com palavras diferentes. Estou me sentindo um lixo pelos mesmos motivos faz muito tempo.
Faz um tempinho que isso tem me incomodado bastante, sabe? Bem, eu sei que não é a coisa mais grave do universo. Ainda mais se pararmos por um segundo para ver o caminho que a humanidade está tomando. Mas eu também sou apenas um ser humano e... As coisas pequenas da nossa vida acabam parecendo maiores do que as coisas que acontecem no mundo. Acabo de ouvir em um anime que a gente só sente as coisas quando acontecem com a gente, perto da gente. E isso é uma coisa que vem acontecendo comigo.
Bem, eu não cresci cercado pela melhor família do mundo. Desde que eu era pequeno as pessoas diziam na minha cara que eu era feio. Diziam que meus olhos eram de peixe morto, que o meu nariz era amassado demais, que a minha boca era grande demais... Uma família adorável, não? Mas acho que quando eu era criança não ligava tanto, ou pelo menos acho que não ligava, pq eu não sabia como o fato de ser feio poderia afetar a minha vida.
Somente quando a gente cresce que essas coisas começam a incomodar de verdade. Somente quando a gente cresce a gente começa a se interessar por outras pessoas. E é aí que a gente começa a notar que a solidão, provavelmente, será a nossa única parceira. Não é nada bom crescer com esse pensamento, sabe? Crescer olhando para as pessoas e imaginando que poderiam ser um casal legal, que poderiam se fazer felizes, mas então se lembrar que você é um rascunho do inferno e que não existe final feliz para pessoas com a sua cara.
Mas eu não me achava tão feio no passado. Conseguia tirar fotos e as vezes eu até olhava para elas por um tempo com admiração. Colocava nos perfis e no meu instagram. Hoje em dia eu nem me olho no espelho. Não tenho fotos minhas nos meus perfis, não posto fotos minhas. Nem mesmo tiro fotos. Se levantam alguma câmera perto de mim eu desapareço como um vampiro desapareceria ao ver a luz do sol se aproximando. Ter que olhar para o meu rosto é mortal para qualquer tipo de autoestima que eu possa tentar ter durante o dia.
Eu não estou bem ultimamente e não tenho com quem falar. Acho que é por isso que voltei a recorrer ao blog. Eu costumava falar com um amigo, mas... Estamos tão distantes que nem sei o que somos mais. Acho que estamos caminhando para o estágio de conhecidos que se davam bem no passado. Isso é horrível. Eu estou com todos esses pensamentos me corroendo por dentro e... Eu tenho vontade de chorar, mas acho que não tenho mais lágrimas para derramar por mim mesmo.
Eu nem me atrevo a entrar em aplicativos de pegação. Não tenho uma gota de autoestima para isso e... Infelizmente o meio gay é terrivelmente cruel se você não está dentro de um padrão. Não sou branco, não sou lisinho, não tenho barriga chapada, não tenho lábios finos, não sou algo que você gostaria de perder mais de dois segundos encarando.
Deviam ter falado pra mim, quando eu era criança, como a solidão machuca. E acho que dói mais porque no meu caso ela não é apenas uma fase. É permanente. Nem nos meus melhores dias eu conseguiria encontrar alguém capaz de olhar para mim com um pouco de ternura.
Quando eu era mais novo eu ainda conseguia me iludir com conversas vazias em bate-papos. Sempre estava conversando com alguém (que só continuava falando comigo pq ainda não tinha câmera dos celulares). Agora eu nem tento mais. Não sei se a solidão dói mais do que a rejeição que vem quando as pessoas veem o meu rosto. Eu não tenho vontade de sair de casa. Não tenho vontade de ver ninguém... Isso pode ser chamado de inferno, não? Estou cansado de sonhar que eu tenho alguma chance na vida.
Faz um tempinho que isso tem me incomodado bastante, sabe? Bem, eu sei que não é a coisa mais grave do universo. Ainda mais se pararmos por um segundo para ver o caminho que a humanidade está tomando. Mas eu também sou apenas um ser humano e... As coisas pequenas da nossa vida acabam parecendo maiores do que as coisas que acontecem no mundo. Acabo de ouvir em um anime que a gente só sente as coisas quando acontecem com a gente, perto da gente. E isso é uma coisa que vem acontecendo comigo.
Bem, eu não cresci cercado pela melhor família do mundo. Desde que eu era pequeno as pessoas diziam na minha cara que eu era feio. Diziam que meus olhos eram de peixe morto, que o meu nariz era amassado demais, que a minha boca era grande demais... Uma família adorável, não? Mas acho que quando eu era criança não ligava tanto, ou pelo menos acho que não ligava, pq eu não sabia como o fato de ser feio poderia afetar a minha vida.
Somente quando a gente cresce que essas coisas começam a incomodar de verdade. Somente quando a gente cresce a gente começa a se interessar por outras pessoas. E é aí que a gente começa a notar que a solidão, provavelmente, será a nossa única parceira. Não é nada bom crescer com esse pensamento, sabe? Crescer olhando para as pessoas e imaginando que poderiam ser um casal legal, que poderiam se fazer felizes, mas então se lembrar que você é um rascunho do inferno e que não existe final feliz para pessoas com a sua cara.
Mas eu não me achava tão feio no passado. Conseguia tirar fotos e as vezes eu até olhava para elas por um tempo com admiração. Colocava nos perfis e no meu instagram. Hoje em dia eu nem me olho no espelho. Não tenho fotos minhas nos meus perfis, não posto fotos minhas. Nem mesmo tiro fotos. Se levantam alguma câmera perto de mim eu desapareço como um vampiro desapareceria ao ver a luz do sol se aproximando. Ter que olhar para o meu rosto é mortal para qualquer tipo de autoestima que eu possa tentar ter durante o dia.
Eu não estou bem ultimamente e não tenho com quem falar. Acho que é por isso que voltei a recorrer ao blog. Eu costumava falar com um amigo, mas... Estamos tão distantes que nem sei o que somos mais. Acho que estamos caminhando para o estágio de conhecidos que se davam bem no passado. Isso é horrível. Eu estou com todos esses pensamentos me corroendo por dentro e... Eu tenho vontade de chorar, mas acho que não tenho mais lágrimas para derramar por mim mesmo.
Eu nem me atrevo a entrar em aplicativos de pegação. Não tenho uma gota de autoestima para isso e... Infelizmente o meio gay é terrivelmente cruel se você não está dentro de um padrão. Não sou branco, não sou lisinho, não tenho barriga chapada, não tenho lábios finos, não sou algo que você gostaria de perder mais de dois segundos encarando.
Deviam ter falado pra mim, quando eu era criança, como a solidão machuca. E acho que dói mais porque no meu caso ela não é apenas uma fase. É permanente. Nem nos meus melhores dias eu conseguiria encontrar alguém capaz de olhar para mim com um pouco de ternura.
Quando eu era mais novo eu ainda conseguia me iludir com conversas vazias em bate-papos. Sempre estava conversando com alguém (que só continuava falando comigo pq ainda não tinha câmera dos celulares). Agora eu nem tento mais. Não sei se a solidão dói mais do que a rejeição que vem quando as pessoas veem o meu rosto. Eu não tenho vontade de sair de casa. Não tenho vontade de ver ninguém... Isso pode ser chamado de inferno, não? Estou cansado de sonhar que eu tenho alguma chance na vida.
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